sábado, 15 de agosto de 2009

Satellite of Love


Onde estava eu em 1996? Nem eu sei bem. Sei que estava a perder esta performance do Lou Reed numa TV Francesa à qual nem sequer tinha acesso.
Pois, 1996... foi à 13 anos atrás. O que havia há 13 anos atrás? TV por satélite (para alguns), internet (pouquíssima informação e só para alguns)... Eramos ignorantes? Nada disso. É inacreditável que mesmo assim conseguiamos saber de tudo um pouco e que mesmo assim, hoje, a nossa geração tenha imensa cultura e intelectualidade.

Sei que em 13 anos, houve um "boom" de evolução, que se transformou em algo positivo mas que também trouxe muita coisa negativa.

Sei também, que passados 13 anos, ouço esta música (Satellite of Love), na sonante voz do PA e tocada com a mestria dos agora Komité Kaviar. Só eles para trazerem novas experiências que nos fazem viajar. Sabe mesmo bem.

Ilhas

Dizem que existem Homens que se tornam ilhas. Normalmente para ilustrar de alguma forma a sua genialidade e a forma como ela os isola do mundo.
Não acho que de forma alguma isso seja positivo, mas tenho ideia de que algumas pessoas se tornam ilhas pois por mais que tentem partilhar com os outros os seus ensinamentos sentem que não conseguem obter resultados. E por isso... desistem.

Da mesma forma que existem Homens assim, existem também "terras" assim.
Como é possível que dentro de Portugal, existam tantas diferenças entre terras? Porque é que não evoluem todas ao mesmo tempo, ao mesmo nível, com a mesma cultura? Porque é que existem terras que são iguais desde os anos 40 e outras estão a evoluir com o passar dos anos?

Não há explicação para sermos tão casmurros. Não há explicação para sermos tão ignorantes. Não há explicação para aqueles que ainda insistem em dizer que são os mais trabalhadores do país, quando vivem numa terra onde as obras são uma pouca vergonha, a forma de trabalhar é a mais saloia e a única preocupação é a de saber tudo menos o que realmente importa.

Por essa razão, também existem "terras" ilha. Que já deixaram de se preocupar e de partilhar com as outras a sua sabedoria... pois não vale mesmo a pena.

HF